quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

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acordo com esta tosse que quase me faz sufocar e penso que, se morresse aqui sozinha, numa noite baixa, não haveria quem pudesse notar. nesta ilha branca, isolada num quinto andar, me roda na cabeça as possíveis razões por sentir a energia vibrar tão pouca. minha luz, a força e referência do meu caminhar, parece arrefecer por sua própria protetora se esvair, aos poucos se distanciar. aquele pilar, a ponte em pedra, a âncora que finca mar, adquire sua leveza que paira e se esconde - fugidia - em seu mundo que, na verdade, em toda minha vida, nunca quis mostrar.

4 comentários:

Licajoca disse...

belo e inquietante.

Toma melagrião, rs, tem que ter a prima tosca pra estragar né?!

Carrossel das Letras disse...

Adorei!!!! A escrita...não sua tosse...hehehehe...

Jeff disse...

deixa o mar entrar, vai junto, afunda e volta com as palavras que puder na boca...

Umbigo Meu disse...

Se eu morresse ngm ia notar... me vi, parece síndrome do pânico.