quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Wor(l)ds

Va la! Comecemos pelo comeco (mais uma configuracao de teclado). Sai de Paris ansiosa pra me encontrar com a Mora, AMIGA que nao via ha ano e meio. Fui para a estacao de trem com o burrico nas costas e la nao havia onde sentar. Essas estacoes mais parecem com rodoviarias, quase nao ha controle algum.
Fui pra Amsterdam contando os minutos.
O quarto do hostel ficava no segundo andar. Subi as escadas com a mochila e comecei a me enganchar no corrimao (um pouco alto para os padroes), a tombar, e um carinha que vinha atras me perguntou se eu queria ajuda, disse que nao, perguntou se estava tudo bem e eu gargalhando, pensando que ele imaginava que, mal chegada a cidade, ja estava nas alturas com alguma substancia.
Tive que me desfazer do peso antes de dar um abraco na Mora. E digo que a viagem foi o que (ou mais) eu esperava dela, afinal, como poderia ser com Morena Madureira e Maluzinha Reigota, minha modelo renacentista?
Os canais que costuram a cidade sao lindissimos e nos andamos muito recortando o mapa por ali. Mas, eh claro, dois dias sao muito pouco.
Passamos a madrugada no aeroporto compartilhando um MP3. Malu voltou pra Londres e Mora e eu rumamos pra Berlim.
No aviao passamos por uma pegadinha. Um japones muito doido se fingindo de aeromoco (isso, eh claro, eh uma hipotese levantada pela Morena).
Essa viagem quebrou com a vaga ideia que eu tinha da Alemanha. Os alemaes sao mais calorosos do que eu pudesse imaginar e as coisas parecem mais calmas, mais comuns do que eu supunha.
Conhecemos uma squat que fica a dois quarteiroes do hostel. Squats sao casas ocupadas, que se tornam moradia ou - como nesse caso - centros culturais e afins.
O predio foi um shopping judeu e, durante a Segunda Guerra, se tornou um ponto nazista que foi bombardeado. Durante a Guerra Fria, a construcao (assim como muitas outras localizadas na Alemanha oriental) foi abandonada. Com a queda do Muro de Berlim, o espaco foi ocupado pra se tornar um centro cultural. Hoje ha alguns bares em diferentes andares e na parte de tras (quintal) e exposicao do trabalho de varias pessoas. Muito interessante! Acabamos indo la duas noites seguidas. Conhecemos um pessoal que mora na cidade e que tirou algumas das nossas muitas duvidas.
Conheci um berlinense que conhece a Christiane F. ("13 anos, drogada e prostituida", lembram dela?). Especie de heroina aos meus 15 anos.
O unico (e grande) problema nosso la foi o idioma. Eh horrivel estar em um lugar onde nao se pode comunciar, se expressar, entender as placas, o que as pessoas, os cardapios e anuncios dizem. Talvez por isso tenhamos achado que la faltam informacoes sobre tudo (mas ainda acho que nao so por isso). A configuracao da cidade eh mesmo muito diferente.
Na minha vida eu pensava em estudar alemao pra ler Sociologia. Hoje talvez eu pense em outro uso pra ele.
Agora em Londres, saio.
See you later!

Um comentário:

Marcus DIeckmann disse...

HA, deustch ist einfach. :)

Nem falou das cervejas :(

Mantenha-nos atualizados.

Beijos