Com certeza, a maior das descobertas de 2008! (Tá, ano anterior, mas merece e, assim, me eximo de culpa por não compará-lo aos de 2009).
Com ele elaborei a teoria do campo de energia dos livros. Quando te pegam pra valer, é como se houvesse um campo de energia que não te deixa passar incólume pelo mesmo ambiente em que esteja. Com este e O Monstro foi assim. Ali estavam num canto do sofá quando eu tinha que fazer outra coisa mais urgente, mas não conseguia passar sem olhar, sem sentir aquela atração física e, em grande parte das vezes, parar um pouco até me arrancar forçada de perto deles.
Neste, um crítico de teatro divaga sobre seu cotidiano, sobre seu trabalho, as mulheres com quem se envolve e os homens ligados a elas. Extremamente crítico, sagaz. Adoro sua ironia e a subjetividade que cria para um sujeito cujos pensamentos acompanhamos voyeuristicamente.
A narrativa é construída pelo personagem a partir de seu ponto de vista e, com o ritmo dos acontecimentos já vividos, a história se revela aos poucos, como a que um amigo conta tentando nos convencer de sua razão para determinado fato.
O livro é tenso, cria um suspense que não te deixa sair.
Transcriado para o cinema com adaptações consideradas adequadas à linguagem, a história perdeu. O filme é ruim, não consegue criar a densidade, o incômodo que o livro nos proporciona. Claro, "não devemos compará-los livro e filme", mas a qualidade é gritante. Beto Brant e Marçal (talvez, já que não li o roteiro) desandaram dessa vez.
3 comentários:
Helô, sua infeliz, tô com vontade de ler todos esses livros agora! Bah.
pois leia! eu garanto o incômodo ou outras personal sugestões.
Discordo.
Acho o filme bom, quando o Beto adorda outr universo que não é o com que estávamos acostumados até então. Achei ainda que o recorte da história é muito feliz e os diálogos são do caralho.
bjinhos, Helô
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