Merece o topo. Depois de te-lo lido, passei alguns dias (senão semanas) a imaginar pessoas com armas ao meu lado ou que tavez fosse corriqueiro um assassinato. Não. Fui transportada pela narrativa e comecei a pensar em de que modo, talvez, eu não pudesse me considerar uma pessoa esquizofrênica. Esse livro é daqueles que se começa a ler e não se pode mais parar até terminar - o que te deixa desolado.
Afinal, a narrativa te faz entrar em um ciclo ao qual você (provavelmente) não pertence, mas que passa a compartilhar e possivelmente a desejar fazer parte dele. O Marçal consegue construir um mundo sedutor, apesar de sua tremenda hostilidade.
A capacidade do escritor em construir personagens paradoxais é enorme, o que me fez me apaixonar pelo Brito, um matador cujo único amor foi uma prostituta. Apesar de fechado, nos é mostrado um lado muito humano desse personagem.
Os capítulos não seguem uma ordem e o mais impressionante foi saber que esse quebra-cabeças foi escrito como publicado pelo autor.
Eu diria no imperativo mesmo: leia.